terça-feira, 9 de novembro de 2010

Poeira da escuridão

Eu vi a poeira do tempo cobrir o acaso das coisas acontecidas,
vi que tudo era uma mentira após os dias que sucederam o sim.
Nunca soube realmente o que era viver sua plena felicidade.
Eu sou uma dama da noite,
sempre solitária nos íntimos desejos obscuros e internos da alma
e ao mesmo tempo necessitando de uma metade para livrar-me

dos desejos da carne.
Sou uma estrela perdida no espaço.
Sou um cometa que flutua no vazio.
Sou a escuridão que abraça os lugares da minha mente.
Flutuando em sonhos vejo a matéria em seu infinito,
subo para um degrau imaginário que finda no vácuo do silencio

da minha existência.
Adormecida no desconhecido não chorei e nem hesitei em reclamar,

fui ao fundo da mentira buscando uma parcela de verdade,

aquela luz no fim do túnel inexistia.
Perdida nas vielas da inexistência eu não me reconhecia,

volitando pelas nuvens vi o fim.
Um grito de socorro ecoou pelos campos da salvação,

logo, fui suspensa pela minha dor.
Serenando minhas verdades vi que a mentira é subliminar

quando se tem vontade de viver.
O outro é um sinônimo de companheirismo ou ao menos é o que se espera.
A solidão é um vulto apagado na visão desse meu pobre coração.

Um comentário:

  1. Esse texto foi feito tendo como inspiração um momento de sofrimento de uma pessoa muito próxima. Espero que gostem!

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