quinta-feira, 4 de julho de 2013

Quer saber?

Por muito tempo eu acreditei na ilusão de pensamentos, acreditei que poderia confiar e transformar em um álibi todos aqueles que presente estavam nos dias que se passavam.

Quer saber?

Não preciso mais de você, aliás me comprimente apenas politicamente que respeitarei seu espaço, me enxergue como um desconhecido que todos os dias tem que ficar ao seu lado devido a responsabilidades da vida. Não me veja como amigo, pois não sou, ou melhor, pensei que fui um dia.

Quer saber?

Não preciso de nada que venha de você, a não ser aquilo que inevitavelmente seja necessário vir até mim, e pode ter certeza, eu responderei com o mesmo entusiasmo, gelado é claro.

Quer saber?

Preferia não mais participar de festas, encontros diários, pena que o acaso me força a isso.

Quer saber?

Não me veja como um inimigo, porque não sou. Sou apenas aquele que não precisa mais de ti, para nutrir uma falsa ilusão e melhorar minha inspiração de poeta.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A seca...


Pelo luto das estradas o inesperado criva meus olhos,
secura de maneira a não acreditar.

Vejo redemoinhos de poeira a pintar o cenário do paisagem cinza,
logo a frente uma vaquinha magra curva suas pernas e como um bailar mortal faz sua ultima reverencia e não se levanta mais.

A água que era antes a riqueza do lugar agora não passa de uma pobre e densa lama,
as rachaduras decoram o chão antes fértil, e como um lacre isola a vida do que ainda há por vir.

Meio dia parece uma eternidade quando se espera o por do sol.

A figura da fome nesse instante é a amiga que chega sem avisar e adentra pelo oitão da casa e se hospeda como um visitante indesejado.

O choro de uma criança se mistura com latido do cachorro esquelético que quase não se aguenta em pé, o homem sem escolha corre pela vastidão do sertão a espera da chuva.

Garranchos são almas das árvores secas que decoram o tempo com o contraste do céu azul.

A espera quando não se sabe a hora de chegar é uma dor que não dói, uma febre que não passa, uma fila que anda pra traz.

A noite vejo a luz da lamparina clarear o corredor da pobre casa, tirnando as paredes de taipa.
 
O sono vem como um remédio para a fome e todos os sonhos são pesadelos.

 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O caminho...


Eu quero ser sempre tua,


enroscar-me em seus cabelos


e banhar-me nas águas do Mar.



Eu quero ser seu inicio e nunca seu fim,


fugir para uma floresta viver como um selvagem,


com você ao meu lado a procura de um lugar,


onde o amor seja nossa meta de vida.



Sinto uma dor tão doida quando meus olhos não enxergam teu olhar me penetrar.


Sentimento alado segue incansavelmente teus passos que sempre acabam no Mar.



Tenho em mim a certeza que se vier à tristeza,


tu chega mansinho e me beija e faz o meu desespero


afundar nas águas do Mar.

sábado, 23 de abril de 2011

Você não se lembra?


Não sei se o que quero de você
é apenas seu amor mau resolvido?
Sempre estive aqui
a esperar por ti
cheio de amor e atenção.

Seu caminho é uma provação,
sua face é minha distração.
Sei que estou aqui
a te amar demais
sabendo que sofrerei eternamente por ti.

Você não se lembra?

Vim no caminho da paixão
cruzando a rua da escuridão
sabendo que és meu fardo amado.

Não lembra?

Estou aqui
querendo te abraçar
ciente que amei e sempre vou te amar.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Vida vã



Semana quem vem é incerteza,
hora que passa é a felicidade com pressa,
olhe o tempo passando e você me evitando.
Pergunto a mim mesmo,
se a vida também passou?

Não sei se o amor velejou pela minha manhã
se eu sempre estive na escuridão da noite, minha vida vã,
enxergando as estrelas brilharem no céu,
como cometas pintados com tinta e papel,
misturei a aquarela do mundo e o negro prevaleceu.

Eu sou um perdido no tempo
desses passos não dados,
eu sou a água que molhou sua pele,
eu sou a sobra do tempo
que passa, passa e deixa suas marcas
nas horas dessa solidão.

Ano que vem será incerteza,
do que passou se fez a tristeza,
somei o que foi com o que virá
resultou na partida nos trilhos da vida,
aprendi a sonhar.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Reconhecendo o amor...



Como Adão e Eva a correr pelos vales do paraíso
eu corro querendo alcançar o tempo perdido no paraíso da minha mente.
A serpente do mal envolto ao meu pescoço deixa minha pele roxa de tanto
sufoco, o ar parece faltar quando pela manhã lavo a louça simbólica
do dia que passou.
Como Adão e Eva o pecado adornou minha razão, cai na vala do mistério das
coisas desconhecidas.
A fruta vermelha do amor cobrou sua divida na hora do adeus, e a distancia
dos momentos quase esquecidos me fez enxergar a fraqueza do corpo e da alma. Compartilhei de tudo com o universo para fitar a face luminosa do amor.
Abdiquei dos valores adquiridos numa vida inteira de dedicação a verdade.
Sucumbi na falta de respeito ao meu corpo marcado pelo flagelo do ego
destruído após sua partida.
Sentimento complicado esse chamado apego, ou seria costume?
Apego é um sentimento? E costume é a minha verdade escondida nas entranhas
do meu intimo?
Não sei!
Como Adão e Eva despi-me da inocência quando minha curiosidade foi posta a
prova.
Os olhos abriram no raia do dia, e nesse instante pude enxergar a verdade
da vida quando chamamos alguém de amor.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Às claras...


Vivo uma farsa inventada pelo coração.
Enquanto sangro,

Pegadas marcam o caminho por onde divago em círculos...


Às escuras sinto-me perdido e não vislumbro saída

Do emaranhado véu negro que me venda os olhos.


Dúvidas cruéis pairam sobre mim detendo minhas vontades...


A hesitação da direção me tortura diante de encruzilhadas e bifurcações...


Percebo vultos luminosos a espreitarem meus movimentos.

Ultrapassando a inércia letárgica do meu ser parecem estenderem-me as mãos,

Mas estou sem forças e copioso pranto atira-me ao desespero

Que toma de assalto minh’alma...


A velocidade da luz distancia a ajuda que, apaticamente, recuso.
A descrença adjetiva tudo o que a minha visão alcança

E aos poucos se esvai a vida que corre nas minhas veias...


Digladio nas trevas por horas insones

E penosos dias reservam-me o lúgubre choro a lancinar o peito.


O salobre das lágrimas amargam-me o paladar
Intentando afogar em tristeza o pouco que me resta.


“É sobre-humano amar, sentir,
Doer, gozar
Ser feliz”

Preciso viver e busco sentir a chama que ainda queima...


Tênue palpitação eleva à garganta um nó que retumba em gritos de socorro...


Percebo ouvir minha própria voz

Enquanto o pesadelo aos poucos começa a se desfazer


Meu canto haverá de triunfar e brindar a vitória do amor...

A luz se acenderá e do meu peito ecoará a voz de um novo coração.

Dissipar-se-á a escuridão e passo a passo seguirei com firmeza.


Corajosamente às claras...

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Poeira da escuridão

Eu vi a poeira do tempo cobrir o acaso das coisas acontecidas,
vi que tudo era uma mentira após os dias que sucederam o sim.
Nunca soube realmente o que era viver sua plena felicidade.
Eu sou uma dama da noite,
sempre solitária nos íntimos desejos obscuros e internos da alma
e ao mesmo tempo necessitando de uma metade para livrar-me

dos desejos da carne.
Sou uma estrela perdida no espaço.
Sou um cometa que flutua no vazio.
Sou a escuridão que abraça os lugares da minha mente.
Flutuando em sonhos vejo a matéria em seu infinito,
subo para um degrau imaginário que finda no vácuo do silencio

da minha existência.
Adormecida no desconhecido não chorei e nem hesitei em reclamar,

fui ao fundo da mentira buscando uma parcela de verdade,

aquela luz no fim do túnel inexistia.
Perdida nas vielas da inexistência eu não me reconhecia,

volitando pelas nuvens vi o fim.
Um grito de socorro ecoou pelos campos da salvação,

logo, fui suspensa pela minha dor.
Serenando minhas verdades vi que a mentira é subliminar

quando se tem vontade de viver.
O outro é um sinônimo de companheirismo ou ao menos é o que se espera.
A solidão é um vulto apagado na visão desse meu pobre coração.

sábado, 16 de outubro de 2010

Esse meu coração...



Esse meu coração
é um rio parado
onde seca chegou
e levou a esperança
toda vida
toda lida
desse meu coração.

Sinto que tudo na vida é pura ilusão,
quero plantar nessa terra toda a pureza de uma paixão,
viver toda paz e ternura que sinto em teus braços a me apertar.

Esse amor de ilusão
corre nas minhas veias
e me faz delirar
me faz viajar
sentir teu calor.

Sinto que a chuva chegou
e molhou o meu corpo
acendeu a tara que sinto por ti.
Sei que você será meu
hoje ou até amanhã.
Vivo esperando esse beijo
que me rasga a pele e molha com água do mar.

Esse amor de ilusão
corre nas minhas veias
e me faz delirar
me faz viajar
por estradas de sal
em busca de um litoral.

Sentir teu calor
secando a terra
obrigando a seguir por uma caminhada
desse amor que é feito de pura ilusão.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Sofrimento...



Eu te amei como a força de um vendaval,
Te beijei como a força de uma explosão,
te abracei e te dei o carinho existente na minha ilusão.
Me senti toda sua!

Suas falhas, seu modo de me atrair
fez com que todo amor desse mundo
explodisse dentro de mim.
Findou planos e o recomeço ainda é um vão
que aumenta dentro de mim.


Fugiu e levou toda minha razão.
Roubou minha paz, minha vida e meu modo de ser.
Sucumbi na tristeza dessa solidão,
senti a mais forte das degradações.

Hoje és bandoleiro do meu coração.
Devastou a pureza das terras que um dia caminhou.
Me livrei do estorvo que eras pra mim,
e hoje sofro sozinha.

Reconheço que tudo que fiz sem pensar.
Entreguei minha vida a tua vida querendo te recuperar.
Apostei todas as minhas fichas sem medo de não acertar
eu errei na aposta da vida que era te amar.

Realmente entrei pela porta da frente
e sem pena você me expulsou.
Finalmente eu quero gritar e cantar.
Hoje eu sei o que é amar!