quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Reconhecendo o amor...



Como Adão e Eva a correr pelos vales do paraíso
eu corro querendo alcançar o tempo perdido no paraíso da minha mente.
A serpente do mal envolto ao meu pescoço deixa minha pele roxa de tanto
sufoco, o ar parece faltar quando pela manhã lavo a louça simbólica
do dia que passou.
Como Adão e Eva o pecado adornou minha razão, cai na vala do mistério das
coisas desconhecidas.
A fruta vermelha do amor cobrou sua divida na hora do adeus, e a distancia
dos momentos quase esquecidos me fez enxergar a fraqueza do corpo e da alma. Compartilhei de tudo com o universo para fitar a face luminosa do amor.
Abdiquei dos valores adquiridos numa vida inteira de dedicação a verdade.
Sucumbi na falta de respeito ao meu corpo marcado pelo flagelo do ego
destruído após sua partida.
Sentimento complicado esse chamado apego, ou seria costume?
Apego é um sentimento? E costume é a minha verdade escondida nas entranhas
do meu intimo?
Não sei!
Como Adão e Eva despi-me da inocência quando minha curiosidade foi posta a
prova.
Os olhos abriram no raia do dia, e nesse instante pude enxergar a verdade
da vida quando chamamos alguém de amor.

2 comentários:

  1. A expressão “lavo a louça simbólica” citado no texto Reconhecendo o amor, foi inspirado no trecho “Descascar batatas simbólicas” do texto Ultimatum – Álvaro de Campos.

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