segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Linda saudade

Essa Lua me mata de saudade, a lágrima correu na minha face sertaneja nutrindo minha pele queimada pelo calorão do meu sertão.

Enveredei por outros caminhos, o destino me levou a uma distante realidade, porém não existe um dia em que não recordasse das manhãs no rio que corria atrás da minha casinha simples, das brincadeiras de criança que me faziam rir até chorar, da figura materna na porta chamando para almoçar.

Que saudade da noite estrelada onde a lua era a dama da noite, eu a via como uma diva em seu palco solitário, minha única companhia era a brisa fria que corria me beijando e acalentando minha pequenez solidão.

Era na noite de São João em que meu velho pai riscava uma labareda na fogueira e acendia as chamas que esquentavam nossos corações. Lá eu brincava, lá eu me aquecia. Dessa fogueira eu pegava um galho com uma brasa na ponta e acendia meu balão que subia e enfeitava o céu com seu luto infinito.

Hoje vivo longe, mas nunca esqueço minha cidade, meu lugar. Lá foi onde tudo começou onde meninou minhas esperanças. Chorando muitas vezes sentindo uma dor no peito de tanta saudade vejo que é o sertão o meu lugar a minha morada.

Um comentário:

  1. Ha alguns dias eu não escrevia e hoje a caminho do trabalho ouvindo uma canção intitulada Guriatã me bateu uma vontade de escrever, na mesma hora retirei meu inseparável caderno e comecei a desenvolver essas linhas. O texto Linda saudade retrata um dos sentimentos que mais sinto a saudade. Esse definitivamente é um dos ultimo que escrevi que mais gosto. Devore...

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