segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Como eu queria!



Como eu queria que o verde das florestas devastadas resistissem ao horror da falta de consciência humana. Como eu queria que o ar deslizasse pelos cabelos da morena menina e que ela não sofresse com a fumaça da falta de amor e esperança nos corações invadidos pelo ódio.


Como eu queria sinceramente que meus irmãos que retiram seu sustento da terra não migrassem para as grandes cidades poluídas, para serem escravos da fome e do horror que assola e destrói famílias inteiras. Como eu queria que o mar lavasse com seu sal o coração de todos os traidores da boa conjuntura e dos dogmas familiares.


Como seria maravilhoso ver o feijão brotar do solo tratado por mãos experientes e calejadas de saciar a fome e a vontade de viver. Ver a rosa brotar no cerrado acariciando nosso ego com sua beleza toda delicada, abraçar aos que cultivam o amor pelos cantos desse mundo de meu Deus, destruir todas as guerras, todo horror que invade a humanidade descrente de uma fé verdadeira.

Tenho esperanças de viver para ver a bondade renascer como uma fruta na árvore do perdão, ver os rios, lagos, cachoeiras e mares cintilar o brilho do Sol a cada amanhecer, sentir que somos humanos dignos das verdades que o ser divino nos presenteia a cada dia que nasce, dilatando nossas pupilas com seus raios de esperança e nos enchendo com a brava vontade de ser feliz.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Há alguns dias a inspiração corria por caminhos distantes, hoje ela resolveu me visitar. Acho que coisas que vivi, observei e chorei de tristeza me levaram a escrever essas breves linhas. Espero que gostem.

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